Dicas e Cuidados

Urticária: conheça a doença de pele que pode prejudicar a qualidade de vida

A pele é o maior órgão do corpo humano, e suas funções são de grande relevância para o organismo, como proteção contra agentes externos, ou controle de temperatura. E exatamente por isso, a pele está exposta há alguns riscos que podem incomodar e prejudicar a saúde, um deles é a urticária.

A urticária atinge mais de 1 milhão de pessoas, e 0,1% dos indivíduos examinados em consultas dermatológicas, são diagnosticados com urticária. Conhecer a doença e suas características é fundamental para combatê-la, já que seus sintomas podem impactar a qualidade de vida, e até levar o paciente ao isolamento. Acompanhe o artigo para saber tudo sobre a doença e se informar. Boa leitura!

O que é Urticária?

Urticária é uma doença de pele que provoca irritações com lesões avermelhadas e levemente inchadas, que coçam intensamente, como vergões. As lesões podem aparecer em qualquer região do corpo, e ser de diversas formas e tamanhos, pequenas, grandes, isoladas, ou até mesmo juntas formando grandes placas de vermelhidão na pele.

Normalmente as irritações da urticária surgem através de surtos, que podem acontecer em qualquer momento durante o dia ou a noite, se mantendo por algumas horas e sumindo sem deixar manchas ou marcas visíveis.

A urticária afeta entre 15% a 25% da população mundial, 1 a cada 5 pessoas terá pelo menos um episódio de urticária no decorrer da vida. A doença é mais comum em jovens e adultos, na faixa etária entre 20 a 40 anos, mas pode afetar todas as idades.

Tipos de Urticária

Existem tipos de urticária, e a doença pode ser classificada de duas maneiras, de acordo com o tempo de duração dos sinais e sintomas, ou de acordo com a causa das irritações na pele.

Conforme o tempo de duração, a urticária pode ser:

Urticária aguda: quando os sinais e sintomas terminam em menos de seis semanas.

Urticária crônica: quando os sintomas permanecem durante seis semanas ou mais.
Dados mostram que 1% da população mundial sofre de Urticária crônica, que se manifesta mais nas mulheres do que nos homens, e a doença pode durar entre 1 a 5 anos.

Conforme a causa, a urticária pode ser:

Urticária induzida: quando um fator causador é identificado, como alimentos, infecções, estímulos físicos, calor, frio, ou sol.

Urticária espontânea: quando a doença surge sem um motivo identificado, esse tipo também pode ser chamada de idiopática.
A urticária espontânea ou idiopática, consiste em 2/3 dos casos da doença, ou seja, grande parte dos pacientes não sabem ao certo o que causou a enfermidade.

Sintomas de Urticária

O sintoma mais comum causado pela urticária é a coceira intensa e excessiva, que pode impactar diretamente a qualidade de vida dos pacientes, e ainda prejudicar suas atividades pessoais do dia a dia, como sono e trabalho. Isso porque o sintoma costuma provocar muito desconforto, e até constrangimento.

Outros sintomas frequentes são as sensações de ardência e queimação causadas pelas irritações na pele. Esses sintomas podem surgir em qualquer período durante dias e meses.

Em casos graves da doença, sintomas mais severos podem aparecer, e nessas circunstâncias, o atendimento é obrigatório e urgente:

Angioedema: consiste em inchaço rápido, abundante e localizado, que normalmente se manifesta nos lábios, na língua, na garganta, e nas pálpebras. As lesões podem durar até 24 horas, dificultando a respiração e provocando até risco de vida.

Anafilaxia: uma reação que envolve todo o corpo e o organismo, gerando náuseas, vômitos, queda na pressão arterial, e até edema de glote na garganta, o que prejudica a respiração.

Em ocorrências de sintomas ou dúvidas sobre a doença, não hesite em procurar um médico especialista para auxiliar e orientar.

Tratamento para Urticária

A urticária não tem cura, mas os sintomas da doença podem ser controlados com o uso de medicamentos corretos prescritos pelo médico. Antes de iniciar o tratamento na prática, o profissional precisa analisar cada caso individualmente para identificar qual tipo de urticária o paciente apresenta, para depois prescrever os cuidados necessários e o ideal.

O diagnóstico pode ser realizado através do relato de sinais e sintomas da doença pelo próprio paciente, mas algumas análises laboratoriais podem colaborar para encontrar a causa da urticária e descartar outras possíveis doenças, exame de sangue, urina e fezes. Já em casos mais complexos, e de difícil controle dos sintomas, uma biópsia da pele pode ser solicitada.

Caso o médico consiga detectar qual o causador da urticária no paciente, o principal passo é se afastar e suspender o contato com o que provoca os indícios da doença, o quanto antes. Medicamentos antialérgicos são relevantes para aliviar os sintomas, e dependendo do caso, remédios com corticoide na fórmula podem ser receitados para ajudar com os efeitos da urticária.

Pacientes em condições mais graves e com sintomas mais críticos, como os da angioedema, que podem acarretar até em risco de vida, a aplicação de adrenalina por injeção subcutânea, pode ser uma opção terapêutica para auxiliar nos cuidados.

O tratamento da urticária é considerado eficiente quando os pacientes ficam totalmente livres de indicativos da enfermidade. Lembrando que a automedicação não é uma alternativa, o tratamento deve ser feito exclusivamente com um médico dermatologista, após diagnosticar cada caso. Tomar remédio por conta própria pode prejudicar ainda mais a saúde, e perder o controle da doença.

Prevenção e recomendações para Urticária

Apesar de grande parte dos casos de urticária não seja possível identificar o causador da doença, mais da metade dos pacientes conseguem controlar os sintomas entre seis meses até um ano. Isso porque além do tratamento, alguns hábitos podem contribuir no processo de melhora, e evitar que as lesões na pele apareçam.

Quando as irritações surgem, o ideal é não coçar o local, e aplicar compressas geladas na pele para aliviar a coceira. Além de sempre ficar atento aos fatores que provocam os surtos de urticária, e se distanciar de qualquer tipo de contato, essa é a forma mais segura de se prevenir.

Evitar calor, bebidas alcoólicas, e se afastar de situações que possam causar estresse excessivo, esses fatores não são causadores de urticária, mas podem piorar as irritações durante os surtos e o tratamento.

Uma dieta alimentar, livre de corantes e conservantes, excesso de gordura, enlatados, embutidos, dentre outros alimentos ultraprocessados, é um fator relevante que pode fazer a diferença, e agilizar a recuperação.

Destacamos também a necessidade de ter uma rotina diária de cuidados com a pele para proteger e auxiliar na prevenção dessas doenças. A hidratação, por exemplo, é fundamental para prevenir irritações na pele, principalmente se for feita com produtos livres de conservantes, corantes ou fragrâncias, como a loção hidratante da linha Klaviê® Clinical.

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