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Desde o início da pandemia, em meio a tantas incertezas, muitas mulheres deixaram para depois os planos de engravidar. Quando o casal decide ter filhos, muitas coisas precisam ser analisadas, como a condição financeira, a idade dos dois e a necessidade ou não de tratamentos reprodutivos. Agora, há mais um motivo para repensar a decisão: o coronavírus.
Muitas dúvidas surgem e deixam o casal inseguro. Não é apenas sobre transmitir o vírus para o bebê, mas como acompanhar a gravidez durante o isolamento social? E a vacinação? Hoje, vamos tirar algumas dúvidas, para que você tome a sua decisão com mais informação.
Grávida pode tomar a vacina?
A decisão de ser vacinada ou não é exclusiva da mulher. É preciso levar em consideração alguns fatores como sua localidade, risco de contágio pelo vírus e sua profissão, explica Rodrigo Rosa, ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Humana. E complementa: “Teoricamente, as vacinas poderiam ser aplicadas em grávidas, porque elas não contêm o vírus vivo e foram fabricadas com tecnologias semelhantes a outras vacinas permitidas em gestantes, como a da gripe. Porém, como ainda não há estudos específicos o suficiente, a aplicação não está indicada para todas as grávidas e é uma decisão conjunta dessa mulher com o seu médico”.
Os estudos sobre a vacinação de grávidas seguem sendo feitos, e há casos animadores pelo mundo. Dez mil gestantes que atuam na linha de frente do combate ao covid-19 nos Estados Unidos foram imunizadas e até agora não houve nenhuma reação.
E o parto?
Continua sendo uma decisão pessoal da mulher, junto com seu obstetra. Não existe forma preferencial para mulheres que contraíram o vírus ou para que a gestante se previna da doença. O parto normal ainda é o normal, mas em casos em que houver contraindicação, pode ser feita a cesariana.
Se eu pegar covid, o bebê também pega?
Esse tema ainda é uma incerteza. “Há descrições de bebês que pegaram covid, mas ninguém provou ainda que essa transmissão acontece por meio da placenta. De qualquer forma, é algo muito raro e se a mãe contrair o vírus na gravidez o mais provável é que desenvolva um quadro simples, de baixo risco”, explica Afonso Massaguer, ginecologista e obstetra especialista em Reprodução Assistida.
Grávida precisa fazer isolamento total?
A rotina de cuidados deve ser praticamente a mesma de quando não estava grávida, é preferível evitar ainda mais o contato social e continuar seguindo as recomendações da OMS. Em caso de gestantes que são profissionais em funções de alto risco, pode ser recomendado o afastamento do trabalho, regime home office ou mudança de função, para evitar o risco de contaminação.
Exames e consultas
Algumas consultas podem ser realizadas por telemedicina. Em caso de exames que precisam ser presenciais, o ideal é optar por locais que tenham menos pessoas.
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