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Mesmo sem saber, os pais (ou responsáveis pelo cuidado do bebê) promovem o seu desenvolvimento psíquico, que é tão importante quanto o físico, desde o nascimento da criança.
Por estar imerso em um mar de estímulos que provocam novas sensações nos bebês, captadas interna ou externamente, os bebês se expressam como podem: chorando, se mexendo, mostrando, ainda sem palavras, o seu desconforto.
Instintivamente, os responsáveis pelo bebê aprendem a identificar suas expressões e responder a cada uma delas, fazendo com que ele também entenda a comunicação baseada no tom de voz, gestos e diálogo corporal que acontece entre eles. Essa comunicação iniciada entre a mãe (ou os responsáveis pelo cuidado) e o bebê, leva-o a se desenvolver no ambiente em que vive e, assim, é inserido no mundo das palavras.
Aos poucos, o bebê vai se apoderando das palavras – mesmo que ainda não consiga pronunciá-las, e aprendendo a entender os estímulos internos e externos que recebe, o que faz com que ele crie representações mentais de suas sensações. Por isso, é importante lembrar que a comunicação com a criança é de extrema importância, desde o nascimento, e é um processo que acontece naturalmente.
Qual é a importância de usar gestos para falar com o bebê?
Os bebês aprendem a se comunicar com gestos muito rápido, além das expressões faciais. Por exemplo: sempre vemos crianças apontando para o que desejam ou estendendo os braços quando querem colo, o que, sem dúvidas, facilita a comunicação delas e ainda ajuda na aquisição de vocabulário e conexão com o bebê.
Como a comunicação visual e verbal andam sempre juntas, é interessante que os adultos usem gestos ou mostrem objetos ao falar com o bebê, pois isso torna a comunicação muito mais rica e auxilia no desenvolvimento da criança. É extremamente importante que toda a comunicação seja uma troca, e os pais também aprendam a interpretar os gestos comunicativos do bebê.
Quanto mais as pessoas do convívio do bebê aprendem a interpretar os sinais, mais entendem o que ele quer dizer e, consequentemente, diminuem o sentimento de frustração que pode acontecer quando ele não se sente compreendido. Nesses momentos, a troca de olhares e olhar para o objeto que o bebê está indicando facilita a compreensão. Os pequenos e os adultos podem começar a conversar mesmo antes da fala do bebê.
E quando utilizar os gestos com o bebê?
Por volta dos 6 meses de idade, os bebês já aprendem a fazer o gesto de alcançar e utilizam isso por muito tempo. Quando chegam aos 9 meses, os pequenos começam a demonstrar mais suas vontades, e daí surgem novos tipos de interações, como por exemplo, o gesto de apontar para um objeto acompanhado da fala “dá!”.
Nesse momento em que o bebê está desenvolvendo a fala, é importante que os pais estimulem o uso de palavras acompanhado do gesto. Por exemplo, quando o pequeno apontar para um objeto, o adulto deve perguntar coisas como “O que você quer? O carrinho? Esse ou aquele?”, para garantir que o bebê não vai conseguir tudo o que quer somente apontando para o objeto e tenha sua fala desenvolvida aos poucos.
Para auxiliar no desenvolvimento da fala, brincadeiras, músicas e cantigas são muito úteis. Por meio do estímulo dos sentidos, é possível trabalhar a criatividade, a imaginação, o vocabulário e o diálogo. Além disso, as músicas e cantigas trazem a consciência fonológica, que é a habilidade de manipular sons e palavras.
Estudos indicam que a utilização de gestos e sinais pode acelerar o processo de fala, porém, mesmo que seja uma ferramenta importante, ela não deverá substituir o idioma para a maioria das crianças. Já para os pequenos com deficiência auditiva, é importante que os responsáveis procurem apoio de profissionais para apresentar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e da cultura e identidade surda.
Por fim, é importante lembrar que os bebês estão em constante desenvolvimento e aprendizado, e os adultos que convivem com ele podem auxiliar – e muito! – nesse processo.
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